Tweet it

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“O primeiro livro feito no Twitter no mundo, respeitando o espaço de 140 caracteres. Até que se prove o contrário. Ou ao menos em língua portuguesa.” A informação está na contracapa de www.twitter.com/carpinejar (Bertrand Brasil, 84 págs., R$ 19). O endereço que dá título ao novo livro de Carpinejar conta nesse exato momento com 1.055 twetts, acumulados desde o dia 20 de maio quando ele, às 12:14 PM, digitou:

“Intimidade não é saber o que o outro está fazendo, é saber o que o outro não está fazendo.”

Embora eu tenha ficado com a impressão de que a reunião em livro tire a força original dos twetts (mas, sei lá, pode ser impressão mesmo), o lançamento é ótimo. Eu não tenho dúvidas de que Carpinejar é o escritor que melhor partido tirou do Twitter para a literatura. Seus aforismos, frases de efeito e pensamentos evitam o tom judicioso, moralista e pretensioso que a cultura dos “minutos de sabedoria” vinha impondo ao mercado editorial antes do Twitter. Sobre este, Carpinejar é quase sempre preciso – como se pode conferir nos exemplos que se seguem:

O twitter é um orfanato. Todos os pensamentos que não tinham pai e mãe podem ser acolhidos.”

O twitter é o guardanapo digital.”

O avô do twitter é o parachoque de caminhão.”

“Não sei se o twitter é literatura, mas é ótimo para treinar epitáfios.”


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